terça-feira, 17 de novembro de 2009

Por que eu sou uma tiete da Google

O Google é uma megacorporação, que dentro em breve dominará todo o mundo informatizado, instituindo a maior ditadura já vista sobre a face da terra. Apesar de todas as implicações negativas disto, não consigo parar de pensar em como o mundo se tornaria mais eficiente e bonitinho, por que faz tempo que vendi minha alma para esta empresa.

Tudo começou com o próprio sistema de busca deles. Oh meu Deus! Eu não acreditei que uma busca na internet pudesse ser tão rápida. Depois, veio o Gmail, que rapidamente substituiu meu antigo @uol.com.br como principal meio de comunicação (depois das vozes na minha cabeça, é claro). Deste ponto em diante, parei de pensar por que acho o Google absolutamente fodástico e passei a considerar isto como uma verdade básica, como as Leis de Newton:

1?) Lei da Inércia;
2?) Princípio Fundamental da Dinâmica;
3?) Lei da Ação e Reação;
4?) Google é Deus.

Mas o leitor deve estar pensando neste exato momento: qual será a próxima subcelebridade a virar atriz pornô? Se você está realmente pensando nisto, provavelmente entrou no blog errado, pois a verdadeira questão aqui é: por que, se sou tiete da Google faz tanto tempo, eu decidi fazer esse post só agora? Estarei eu recebendo algum tipo de jabá? Se estivesse, garanto que estaria bajulando eles com muito mais força. Tenho dois motivos para fazer isto agora: Google Tarefas e Google Labs.

O Google Tarefas, para quem não sabe, é um aplicativo do Gmail que permite ao usuário criar listas de tarefas (por exemplo, o que comprar no mercado, quais números jogar na Mega Sena, textos para publicar em um blog, essas coisas). É um aplicativo bagaceiro, que qualquer macaco poderia programar com algumas aulas de HTML básico e uma penca de bananas. Contudo, é justamente a bagaceirice desse aplicativo que o torna tão genial. Além disso, ele é perfeito para um obsessivo-compulsivo com problemas de memória como eu, pois serve para mim tanto como uma forma de lembrar minhas tarefas como um reforçador positivo, por que dá um prazer danado marcar as coisas que já fiz como feitas nele!

O Google Labs eu conhecia a mais tempo, mas comecei a usar só hoje. Na verdade, comecei a usar só agora. Em resumo, o Labs é o playground dos programadores da Google, onde eles podem inventar traquitanas que tu pode acoplar ao teu e-mail e trabalhar de maneira mais eficiente. E, através deste serviço, instalei uma traquitana (gadget, como eles preferem chamar) que me permite escrever posts no meu blog a partir do Gmail. Legal, não? Ainda preciso descobrir alguns truques, como por exemplo, formatar o texto em justificado e escrever em negrito, mas acho que é questão de prática. H? muitos outros gadgets no Labs, mas vou explorando eles aos pouquinhos, e, se achar que há algum que mereça o esforço de escrever outro texto lambendo as gônadas reprodutivas do Google por ela ser tão maravilhosa, eu escrevei.

Google, conquiste o mundo logo, e instale o Google Labs em Brasília.

PS.: Resolvi tirar a prova dos 9 e ver como fica o rascunho salvo no sistema interno do Blogger. Não fiquei muito feliz com o resultado, mas mantenho firme minha fé que o Google colocará tudo em seu devido lugar. Amém.

Onde os Poetas Reinam

Neste post, gostaria de falar um pouco mais sobre as descobertas que tenho feito em minhas breves incursões no reino da poesia, que comecei faz pouco tempo (e não um conto sobre um lugar onde os poetas deram um golpe de estado, como alguns de vocês poderiam imaginar).

Um livro de poesia, diferente de romances ou tratados científicos, não deve ser lidos de uma vez só. Claro, pode-se proceder desta maneira e tentar absorver todo o conteúdo nele escrito, mas seria um tanto quanto vão, pois a informação nele (se é que se pode chamá-la deste modo) contida não é linear e objetiva, e sim errática e subjetiva. Por isso, prefiro ir saltando páginas, pegando poemas aleatórios e vendo se eles me afetam de alguma maneira particular. Em caso afirmativo, leio-os várias e várias vezes, até que eles fiquem como marcados à fogo em meu coração ("de cor", como diríamos em bom português) e eu me torne incapaz de esquecer seus versos. Porém, por ser uma arte subjetiva, talvez seja possível que algum outro indivíduo prefira ler o livro inteiro, de cabo a rabo, e ainda aproveitá-lo da melhor maneira possível - essa metodologia só não dá certo comigo.

Outro "dogma de leitura" que deixo de lado quando pego um livro de poesia é a obrigatoriedade de lê-lo todo. Quando pego um livro qualquer - sobre Neurociência ou Sociologia, por exemplo - leio os prefácios, agradecimentos, introduções, capítulos, posfácios e apêndices: tudo, em suma. Com os livros de poesia, leio o que me agrada, quanto me agrada. Duas páginas ou duas dezenas, tanto faz. O que importa é o que eu li, e não quanto. Assim, se achar que um livro não me trará nada de novo por enquanto, o devolvo à estante onde pertence, ou à biblioteca de onde o retirei, e deixo-o lá até achar que preciso dele de novo. Tenho certeza de que não perdi ou perderei tempo assim procedendo.

Sintetizando toda a experiência, posso dizer que esta nova maneira de tratar os livros tem me aberto novas portas no teatro mágico da minha alma (vão ler "O Lobo da Estepe" inteiro se não entenderam essa metáfora - certamente valerá a pena), e me mostrado novas maneiras de existir. Verei até onde isso me levará.