domingo, 23 de novembro de 2008

Sorte Orkutiana do Dia (Parte 9)

Eu sei, Sorte do Orkut é chinelagem, mas agora que os vagabundos que administram esse site decidiram mexer seus traseiros gordos e colocar sortes novas no banco de dados, todos os dias vejo uma bobagem nova para comentar. Quando li a de hoje, logo vi que tinha sido traduzida do inglês, pois seu sentido estava levemente deturpado. Por isso, aqui vai ela na língua original:

Today's fortune: A good listener is not only popular everywhere, but after a while he knows something.

OK, por que eu me dei ao trabalho de configurar meu perfil no Orkut para a língua inglesa só para colocar essa fortune aqui? Sinceramente, foi por identificação. Durante meu envolvimento nestas eleições, eu basicamente afinei meus instrumentos de audição que, apesar de serem levemente ruins em determinadas situações, me permitem entender bastante coisa a respeito dos outros. Deve ter alguma coisa a ver com querer ser psicólogo essa viadagem.

Eleições - Epílogo

Continuando o assunto do post anterior, mas começando um texto novo, gostaria de fazer um balanço mais rápido do que aprendi com estas eleições, e como procederei com este novo saber. Não é um texto muito bem estruturado. Apenas escrevi alguns comentários sobre o que penso ser importante dizer a respeito do DCE, suas eleições e como encaro a situação (por que a minha opinião é a mais importante do universo).

Primeiro, concluí que é extremamente importante a união dos estudantes, e que é necessário algum órgão ou instituição política minimamente organizada para aglutiná-los. Porém, este órgão não precisa ser o DCE, nem a política nele feito deve emular o DCE. Com isso, quero dizer que processos eleitorais são desnecessários, pois consomem tempo, dinheiro e, mais importante ainda, energia humana, levantando os ânimos de todos e favorecendo confrontos inúteis e desgastantes. Seria ingenuidade minha acreditar que é possível criar tal órgão no mundo que vivemos, pois, gostando ou não, a maioria das pessoas de hoje vive em um nível de consciência que não permite a existência de uma verdadeira autogestão, e que, mesmo que eu criasse um Diretório Central Alternativo dos Estudantes e ele se tornasse importante, ele rapidamente degringolaria e cairia no jeito antigo de fazer política, com mentiras, jogos de poder e confrontos inúteis.

Segundo, apesar da chapa 1 ter vencido, pretendo trabalhar com eles no próximo ano na construção do Núcleo de Saúde, que integrará os estudantes da área da Saúde da UFRGS e possibilitará uma maior riqueza na formação de todos, mas apenas se tornar-se realidade. Considero este projeto importante demais para deixar de construí-lo, apesar de saber que, da mesma forma que os demais núcleos do DCE, ele também estará completamente infiltrado de politicagens.

Terceiro, por ter conhecido os bastidores das eleições para o DCE, aprendi muito mais sobre o comportamento humano do que se tivesse apenas observado à distância segura, como fiz ano passado. Contudo, considero minha carreira política encerrada, e nas próximas eleições, procurarei outra forma de envolvimento, mas não concorrerei por chapa alguma para vaga qualquer, nem apoiarei ninguém. Se me envolver de forma mais profunda, será na Comissão Eleitoral, abrindo urnas onde for necessário e enchendo o saco dos candidatos para na colarem cartazes onde não devem e não achacarem ninguém para votarem neles. Ainda assim, tenho a impressão de que serei muito mais uma babá zelosa das chapas do que um jogador ativo, pois a sensação de que é tudo uma grande brincadeira continua.

Quarto, para as valorosas pessoas que se interessam por política e querem participar das próximas eleições do DCE, deixo um conselho: vá em frente, pule de cabeça, distribua panfletos, passe em salas de aula, cole cartazes, mas não espere mudar a universidade com isso, pois continua sendo apenas um jogo*.



*Esse parágrafo poderia virar um bom texto para o PSIU! do ano que vem.