quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Escotismo deveria rimar com Burrice

Hoje ocorreu a cerimônia do Fogo de Conselho de Abertura da Semana da Pátria, organizada pelo Grupo Escoteiro Imigrante. Esta é uma cerimônia realizada todos os anos aqui em Caxias do Sul, e cada ano um grupo diferente faz os preparos da "festa". Neste dia, comemoramos a grandeza de nossa pátria e nos unimos em torno do fogo em um só coração.


Agora vamos falar a verdade.


Sim, esta droga de festa acontece todo ano, e todo ano eu vou para algum lugar perdido entre as ruelas e becos mais escondidos da cidade, sofrer com o frio para ver uma apresentação mal engendrada que apresentam do lado de um amontoado de faíscas que se convenciona chamar de "fogueira". Essas apresentações sempre tem criancinhas correndo em círculos, com os braços abertos, como se voassem. Esse ano, elas estavam fantasiadas de 14-Bis; ano passado, elas eram o vento Minuano; ano retrasado, provavelmente garças cor-de-rosa. E leram um poema do Mário Quintana. Por que todo mundo acha bonitinho crianças lendo poemas? Aqueles pirralhos mal sabiam escrever o próprio nome, quanto mais ler uma poesia com uma entonação interessante? Deveriam proibir crianças da Quarta Série para baixo de lerem em apresentações públicas, e quem quebrar a lei deveria ser preso por crime hediondo de tortura. "Mas Andarilho, como fica a auto-estima dessas pobres coisinhas? Como vamos fazer com que se sintam importantes e amadas?" vocês me perguntam. Resposta: SEM ESSA MERDA DE LEITURA EM PÚBLICO. Se isso funcionasse, não existiria Baixa Auto Estima no mundo, pois qualquer porcaria serviria. O mundo seria um lugar muito melhor se só crianças que realmente saibam ler lessem em público. As outras, que aprendam primeiro.


Estes eventos pentelhos são pretensamente para "integração" dos escoteiros da cidade, e os bestas de nossos chefes continuam realizando estas palhaçadas coletivas pensando que fazem grande coisa. Quem sabe eles veriam como não existe integração nenhuma se eles desenterrassem suas cabeças do chão e olhassem para o que realmente acontece: a maior parte dos que vão, sai sem falar com UMA pessoa de outro grupo. UMA pessoa. Grande integração essa que nos dizem que existe. E o pior é que, quando digo algo parecido com o que acabo de dizer (de maneira educada e sensata, por exemplo), ouço a resposta "mas tu é loco!", e sou ignorado.Deveriamos extinguir este tipo de atividade de integração fajutas, e começar a fazer uma integração verdadeira, onde, quem sabe, pudessemos conversar com pessoas de outros grupos! Isto não seria fantástico?


Sim, estou de péssimo humor. Fui grosso e mal-educado na hora de escrever este texto. Mas de que adiantam os bons modos se o que você diz é sempre ignorado quando os usa?

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Absurdo do Dia

Alguma vez vocês já receberam uma ligação a cobrar da BrasilTelecom? Pois bem, eu já. Hoje mesmo. Nesta ligação, um indivíduo com um sotaque muito estranho (provavelmente do Nordeste) me falava, entre chiados do telefone, que a BrasilTelecom estava realizando uma promoção com prêmios fabulosos. "Que porra de promoção é essa?!?!" pensei comigo mesmo. Desliguei o telefone. Era golpe.

O que me indigna não é o fato de tentarem me enganar dizendo que trabalham na BrasilTelecom e que estavam me telefonando para me premiar, nem o fato do "Atendente" falar português da pior maneira possível (nada com o sotaque, mas ele falava pior que o João Paulo II), mas que para me enganar, não se deram ao trabalho nem ao menos de pagar a ligação telefônica!

Tem muita gente burra neste mundo, mas não a este ponto. Ou tem. Esses golpistas. Fico pensando se o princípios do "Capar pra não dar cria ruim" não deveria ser aplicado nestes camaradas. Não por serem vigaristas, mas por serem mais burros que portas.

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Paciência de Jó

75% da população brasileira dizem que amam crianças. Os outros 25% convivem com crianças.

Estas estatísticas são exageradas, mas não estão longe da verdade. Hoje no treino de Kung Fu, veio um pirralho de 7 ou 8 anos . Durante o aquecimento e o alongamento, ele não ficou quieto por mais de um minuto. Para quem está acostumado a treinar sem muita conversa, é muito irritante.


Ele é apenas uma criança, e crianças falam bastante, e devemos respeitá-las e ajudá-las a crescerem. Na teoria isso é muito bonito, mas a prática é muito diferente.Eu fiquei um tanto quanto nervoso, e pedi para ele imitar o som que as girafas fazem durante a aula toda. Meu colega foi mais maligno ainda e exclamou "A faixa não era para ir amarrada na boca de pessoas com menos de 10 anos?". Outro colega foi ainda pior, pois já esfregou um tênis suado na cara de um outro menino para fazê-lo calar a boca (fiquei pensando no que o PAI do moleque estava fazendo neste preciso minuto, para nem se indignar com este ato).


Eu perdi minha paciência (o negócio da girafa foi phoda), mas me lembrei que já fui pequeno um dia, muito mais silencioso e contemplativo, garanto, mas pequeno mesmo assim. Depois da aula, pedi a ele que falasse menos, pois ele atrapalhava o treino com tanta comunicatividade. Espero que ele siga meu conselho, ou treine em um outro horário, pela própria saúde dele. O tênis tóxico está preparado.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

A Farsa da Contra Cultura

Xingar o Movimento Emocore é mais comum que colorado comemorando a conquista da Libertadores. E não precisa pensar muito para saber por quê os Emos são tão criticados e perseguidos: eles são muito diferentes dos padrões estabelecidos pela sociedade.

Na prática, eles são um novo ramo de góticos, mas que além de se maquiarem apenas com branco e preto, usam cabelos lambidos e freqüentemente coloridos.Por causa disso, eles são hostilizados não só pelas pessoas ditas normais como também por outras "tribos urbanas": metaleiros, os Punks, os góticos e outros representantes da dita "Contra Cultura".

Não tenho nada contra nenhum destes movimentos, e respeito o que quer que eles façam. Mas tem algo que me incomoda neles. Na maioria das vezes que se pergunta por que eles se vestem e se comportam de jeito tão diferente, é por que eles "não suportam essa sociedade totalitária, que impõe sua moda a todos, e desejam ser livres para não serem iguais ao outros".

Então, o maior desejo dos Emos, Punks, Góticos e afins é basicamente serem criativos e diferirem dos outros. Aparecer como rebelde, revolucionário e contra tudo o que está aí. Meu Deus, isto traz lágrimas aos meus olhos! Mas existe um problema nisso tudo: Eles querem ser diferentes dos outros? Eles são. Tanto que dá para conhecer um Emo numa multidão "pasteurizada" a uma milha de distância. Mas e numa aglomeração de Emos? ELES SÃO TODOS A MESMA COISA!

Aquela propelada criatividade e diferença deles vai para o saco quando comparamos dois integrantes do mesmo movimento. Ser diferente uma ova! Eles querem ser apenas aceitos em uma outra panelinha, por que tem medo do que os outros vão pensar deles se fossem normais. A grande maioria destas pessoas precisam de roupas berrantemente diferentes para se afirmarem como Homens e Mulheres crescidos e seguros de si.

A Contra Cultura é uma tentativa falha de mudar o mundo desde o começo, pois como o próprio nome já diz, é apenas o exato oposto da "Cultura Estabelecida". No fim, se torna tão importante ser do contra que se esquece que o ideal inicial era um mundo melhor. Quer-se tanto mudar o mundo que não mudam a si mesmos.Se você faz parte de algúm desses movimentos, leu este texto e não gostou, quero dizer apenas uma última coisa: não se preocupe, todas as pessoas deste mundo cometem ou já cometeram a mesma babaquice que vocês. Me incluo nesta lista, por mais incoerente que possa parecer, pois muitas vezes desejei ter (e ainda desejo) uma certa jaqueta para fazer pose. A diferença é que eu tenho um pequeno grau de consciência disso. E você?

21 de Agosto

Hoje comecei meu cursinho, no Mauá. Acordei às 7 da manhã, quando eu estava acostumado a dormir até às 11. Para piorar a situação, este dia de hoje foi considerado o mais frio dos últimos tempos. Ruim o bastante, não?


Calma que piora: tive 4 aulas de matemática hoje. 4! Não foram 4 aulas conscutivas, mas ainda foram 4 horas da minha vida de um único dia usadas para aulas de matemática.


E como se isso não fosse ruim o bastante, sentei em uma carteira que tinha rabiscado na fórmica "Valdir".


Que começo...

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

A Lenda do Gnomo Burro

Era uma vez um gnomo chamado Waldir.

Ele era burro.

Ele vivia numa grande e verdejante floresta, e sua casa ficava do lado da BR 116.

Um dia, Waldir decidiu colher frutinhas silvestres do outro lado da estrada.Como ele não olhou para os lados na hora de atravessar, ele foi atropelado por uma topic que levava garotas de programa para um "evento social" da prefeitura.

Ele era realmente burro.

E assim acaba a Lenda do Gnomo Burro.

PS.: Eu queria ter escrito alguma história com pano de fundo épico, porém debochado, mas isto foi tudo que eu consegui pensar.

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

A Brisa

*Recomendo aos visitantes incautos que leiam primeiro o post imediatamente abaixo deste para entenderem melhor o que quero dizer aqui.*

Qual é a parte mais difícil de realizar algo? Entrar para a faculdade, por exemplo? Ou começar em um emprego novo, ou até mesmo, escrever um post para um blog?

É o começo.

No começo, somos inexperientes, temos medo, não temos certeza de que o que estamos fazendo é o certo ou o que queremos. Mas a partir do momento que damos o primeiro passo, que vencemos a barreira inicial, tudo fica mais fácil, apesar de muitas vezes nem percebermos isto.

Mais uma vez, venho falar da Inércia. Inércia, como disse anteriormente, é a tendência dos corpos continuarem no mesmo estado que se encontravam anteriormente. Essa regra é válida também para nós, seres humanos, e nossas atitudes.

A inércia é esta barreira inicial, que muitas vezes nos faz desistirmos do que gostariamos de fazer. Mas ela não é apenas um empecilho em nossas vidas. Uma vez que a revertemos, ela passa a trabalhar a nosso favor, e assim, depois que damos o primeiro passo em uma jornada de 1000 milhas, ela nos ajuda a continuar andando.

Toda tempestade começa como uma leve brisa, e toda revolução começa por baixo, para então chegar ao céu. Só é necessário dar o sopro inicial.

Inércia, preguiça o blog e minha vida

Este post começou mal: apertei enter logo após ter digitado o título ("Inércia, Preguiça e falta de criatividade" originalmente). Atualizei o blog com um texto em branco, que tinha apenas um título um tanto quanto sem nexo. Pensei em deixar assim, e escrever um outro post explicando a situação, mas seria dadaísta demais para meu gosto. Aperto o botão "Editar" então.

Como nossa visitante Francine falou em um comentário anterior, o R&A é um blog interessante, mas com assuntos muito repetitivos. Sim, esta é a verdade, pois como todas as minhas idéias para textos são extremamente longas, demoro muito escrevendo (acreditem, eu escrevo!), e para tapar os buracos, faço estas observações sobre as minhas Sortes Orkutianas.

Eu poderia por a culpa na falta de tempo para escrever, e que estou ocupado demais estudando e/ou trabalhando. Mas é justamente o contrário! Não estou estudando merda nenhuma, e meu maior trabalho ultimamente tem sido coçar o saco de maneiras criativas. Sim, o motivo principal para a falta de atualizações decentes é a Inércia, ou a tendência dos corpos se manterem no seu atual estado (o meu corpo está deitado e dormindo, ao que tudo indica).

E tenho preguiça de mudar esta situação. Afinal, para quê mudaria? Estou muito bem, obrigado!, sem fazer nada o dia inteiro, apenas jogando "Battle for Middle Earth II" (acho que ainda escrevo alguma coisa sobre este joguinho do diabo), treinando Kung Fu e vendo TV (e absorvendo todas as suas mensagens subliminares). Pergunto novamente: por quê eu deveria mudar esta situação?

Por que não estou satisfeito com ela.

Antigamente, nos meus tempos de estudante de Ensino Médio do nobre colégio São José, seria a vida dos sonhos, e se eu tivesse me acomodado e feito o vestibular como o resto dos meus colegas, eu estaria sonhando com ela (a vadiagem). Mas eu não fiz vestibular, não me acomodei, e viajei para os Estados Unidos da América. Eu poderia escrever parágrafos e mais parágrafos sobre minha vida lá, mas direi apenas que mudou minha forma de pensar completamente. E deixei de gostar de vagabundagem. Agora, tudo o que quero é algo pra fazer.

Mas inércia é uma força poderosa. Não bem uma força, mas uma negação da força de vontade do corpo ou da pessoa, pois é mais fácil seguir fazendo o que é habitual do que chutar o balde e mudar tudo, por mais que se deseje isto. É necessário mais do que vontade para quebrar o ciclo vicioso: é necessário coragem e esforço.E é exatamente isto que estou fazendo agora: quebrando a inércia.



Este post é apenas o começo.